Um dia...

Um dia talvez vejas aquilo que eu vejo :) até lá, a vida é curta e não pára.

Dói a forma perfeita como me tratas desde aquela conversa. Porque não sei lidar com isso. Porque parece um sonho onde nunca existiu e estou sempre à espera da mudança para pesadelo. E o pior, é que eu sei bem o pesadelo que é no fim. Mas não consigo abrir mão do sonho. Porque é apenas perfeito de mais para o deixar fugir sem tentar aquela hipótese no meio de um bilião que pode dar certo...

À Portuguesa sobre a Mesa

arrepio...

já sei que é difícil poderes, mas a forma como o disseste, como te mostraste alegre... arrepiou

Honestamente? Já não sei se são vocês ou se sou eu. Dizem que a culpa não morre solteira, mas uma metade não consegue ver o lado da outra... e o pior é que as metades rodopiam a cada nova situação.
É o meu ego a tentar ser supremo ou vocês que são mesmo assim egoístas?

São 9 anos a lutar contra 2 meses e uma dor enorme a crescer dentro de mim.

Há pessoas que fazem falta de uma maneira incompreensível. Há pessoas que fazem falta de cada vez que passamos naquele sítio.

Predador da minha pura vontade

Hoje fui pura vontade outra vez. Testei o meu limite. Ainda está baixo, é certo, mas foi melhor que muitas outras vezes. Senti a dor prender-me os movimentos, os músculos gritarem, os ossos em agonia. Mas não desisti. Não deixei que me deitasse abaixo nem que me abrandasse. Continuei sempre, até ao fim. Cruzei olhares de medo e senti-me o velho predador que tem estatuto por vitórias passadas. E ainda assim, fui predador novamente e mantive o meu estatuto ao concretizar a vitória de hoje. Como se os outros predadores que habitam o meu território se sentissem obrigados a dever-me respeito, não só pelo olhar altivo e confiante que em mim reside, mas também porque mostrei que apesar de velho, continuo a ter o domínio por mérito próprio. Hoje senti-me novamente predador da minha pura vontade.

"Sei... que se alguém se prende demais a outra pessoa... isso não faz a outra pessoa amá-lo de volta."

"Sim. Tinha defeitos, mas que importará isso para o coração? Amamos o que amamos. A razão não se intromete. De muitas formas, o amor menos sensato será o mais verdadeiro. Qualquer um conseguirá amar uma coisa "porque". É tão fácil como guardar um tostão no bolso. Mas amar alguma coisa "apesar de", conhecer os defeitos e amá-los também, é algo raro e perfeito."

in "O Medo do Homem Sábio", de Patrick Rothfuss

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Um grande e seboso ponto que me está a arranhar o sistema nervoso de uma maneira inacreditável. E não parece haver maneira de lhe dar um chuto numa das quaisquer inexistências de lados (já que a falta de nadegueiros também lhe é uma característica) e mandá-lo para bem longe e encerrá-lo na caixinha de Pandora, onde muito bem estava até há algumas horas. Tentar agarrá-lo para o empacotar ou algo semelhante de forma a que fique ligeiramente camuflado está também fora de questão já que se mostra liso e escorregadio a todas as investidas de ser agarrado. Mas continua a cravar as suas milhentas garras nos meus nervos e a inflingir uma desagradável e insistente comichão que não dá sequer para coçar. DESAPARECE!!

As vezes sinto mesmo que estou a meter a cabeça na boca do lobo -.-

Hoje... não dá mesmo!

 É demasiado puro para pôr em palavras de poeta amadora.

Carta de sonhos

Todos os dias que passo,
Passo os olhos num desembaraço
De ao longe te poder ver
E nunca te querer perder.
És enorme em mim
Que já fujo de um azul pintado
Pois ai d'o mundo
Que te veja a meu lado
Para seres o meu maior horizonte
De que alguma vez fui e sonhei,
Ser baralho de cartas ao monte
De um bluff que nunca enterrei.
Sê perfeito para mim
E que eu não deseje de ti
Mais mundos dos que a carta
contém dentro de si.

Dizem que somos pequenos. De pequenez. Dizem que somos presos a um mundo de tristeza e mal-dizer. Dizem que perdemos a capacidade de amar e de sermos melhores. Dizem que apagámos de nós a alegria de viver. Dizem que os nossos mundos paralelos morreram e a humildade definhou dentro deles. Dizem que não somos sonhadores como os sonhadores de outrora. Dizem que somos incapazes de conquistar o nosso próprio bem-estar, quanto mais os feitos dos grandes heróis do passado. Dizem que morreu a nossa paixão pelo que é singelo. Dizem que já não somos quem fomos. Pois deixem dizer. Na minha mente mora o maior de todos os universos e sou eu quem comanda barcos nele. Sou eu quem escreve o futuro de mim. Sou eu quem rouba segredos de felicidade. Sou eu quem explora o impensável. Sou eu quem tem toda a imaginação para ter o maior universo do mundo e não deixar que digam por mim quem sou eu.