quinta-feira, outubro 11, 2012

Predador da minha pura vontade

Hoje fui pura vontade outra vez. Testei o meu limite. Ainda está baixo, é certo, mas foi melhor que muitas outras vezes. Senti a dor prender-me os movimentos, os músculos gritarem, os ossos em agonia. Mas não desisti. Não deixei que me deitasse abaixo nem que me abrandasse. Continuei sempre, até ao fim. Cruzei olhares de medo e senti-me o velho predador que tem estatuto por vitórias passadas. E ainda assim, fui predador novamente e mantive o meu estatuto ao concretizar a vitória de hoje. Como se os outros predadores que habitam o meu território se sentissem obrigados a dever-me respeito, não só pelo olhar altivo e confiante que em mim reside, mas também porque mostrei que apesar de velho, continuo a ter o domínio por mérito próprio. Hoje senti-me novamente predador da minha pura vontade.

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