Rasguei a minha vontade
ao toque implacável do sino de guerra,
verti toda a verdade,
revoltei-me:
não quero mais saber quem erra.
Não me importam os teus desânimos,
não quero saber quantas vezes desististe,
perdi a curiosidade ao teu passado,
ignorei o que tens medo de admitir,
arrumei a caixa daquilo que não te faz rir.
Fechei os olhos aos teus pensamentos,
tapei os ouvidos a erros de outros tempos,
murmurei-te que não quero saber
de nada daquilo que já não está para acontecer.
Hoje sou tu e eu,
Hoje somos nós e agora,
Hoje...
Hoje somos alma, fogo, desejo,
Somos beleza, êxtase, deuses num único beijo.
Esquece que não foste alguém,
esquece que alguém para ti não foi ninguém.
Hoje somos só hoje,
Hoje não há depois.
Esquece que perdemos o amanhecer,
Hoje não há mais do que apenas ser.
19.08.2011
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