... somos mais do que pessoas, somos mundos interligados. Todas as justificações de um de nós não chegariam para eu deixar que virasses costas. Pesadas hesitações balançam na corda que era suposto fazer de nós amizade. Caem as razões à nossa volta que nos proibem de pedir perdão, e nós nem sequer nos damos ao trabalho de nos abrigar dos golpes que estas desferem. Acreditamos cegamente que somos vento, que não nos atingem. Só que o rio tem o fundo cheio dessas razões e a água já começa a atingir as nossas cabeças. Pergunto-me, quanto tempo seremos capazes de respirar? Quanto tempo tempo sem que um de nós flutue sem o outro, sem que um de nós consiga puxar o outro para a superfície ou sem que ambos fiquemos presos na profundidade deste "não saber quem somos"? Sempre que tentei puxar-te, consideraste-me louca. E se não te puxar? Vais dizer que afinal não éramos amigos? Acho que prefiro que me consideres louca. Mas eu não vou puxar-te para sempre. As forças vão começar a faltar-me se não tentares impulsionar-te também. Só espero que não passemos a ser dois estranhos que passam ao lado sem quase se cumprimentar.
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