A calma, a paciência e a sensatez tornaram-se as minhas melhores amigas. não quero exigir-te demasiado de uma vez só.
terça-feira, maio 31, 2011
Ouve
"(...)
- Boa noite, Kvothe.
- Boa noite, Auri. - tornei. - Como estás?
- Estou formidável - respondeu, com convicçao. - E a noite está linda. - Mantinha as mãos atrás das costas e alternava o peso de uma perna para a outra.
- Que me trouxeste esta noite? - perguntei.
Esboçou-me o seu sorriso radioso.
- Que me trouxeste tu?
Mostrei uma garrafa estreita que mantivera escondida na capa.
- Trouxe-te um vinho de mel.
Recebeu a garrafa com as duas mãos.
- Um presente principesco. - Olhou a garrafa. - Pensa em todas as abelhas embriagadas. - Sacou a rolha e cheirou. - O que tem dentro?
- Raios de sol - respondi. - Um sorriso e uma pergunta.
Aproximou o gargalo da orelha e sorriu-me.
- A pergunta está no fundo - disse-lhe. (...)"
"(...)
- Onde está a minha pergunta? - murmurou.
Hesitei, não sabendo como reagiria ao meu pedido.
- Estive a pensar, Auri. Importar-te-ias de me mostrar a Subcoisa? (...)"
"(...)
Senti-me curioso pelo que seguraria, mas não quis exigir-lhe demasiados segredos de uma vez só. (...)"
in O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss
é preciso dizer mais alguma coisa?
Levanta a cabeça e sorri, o mundo há-de melhorar
Ser forte não é seres uma parede de pedra inabalável. Isso é ser desumano. Ser forte é levares com tudo o que o mundo tem para te atirar, seres capaz de admitir que estás mal e que está complicado e ainda assim seres capaz de levantar a cabeça, continuar e pedir ajuda quando reconheces que precisas. Isso é a verdadeira força interior.
segunda-feira, maio 30, 2011
domingo, maio 29, 2011
O que definitivamente não suporto
Há coisas que me custam. Há situações que me tiram o sono à noite. Que me fazem perder a vontade de comer. Ou que me fazem comer de uma forma exagerada. Coisas que me fazem desesperar por fazer desporto e estourar as energias. Coisas que me tiram a energia. Que me roubam toda a vontade de estudar. Arrebatam a minha capacidade de concentração. Me levam a estar o dia todo sem pensar em mais nada. Que me fazem não querer falar com ninguém. OU QUE ME FAZEM QUERER GRITAR AO MUNDO INTEIRO QUE NÃO AGUENTO MAIS A SITUAÇÃO ESSENCIALMENTE PARVA. No fundo, há coisas que definitivamente não suporto.
A ignorância e/ou ruptura da amizade por parte de um amigo não é uma delas. É A SITUAÇÃO. É a pior. É a que reune todos os estados acima referidos. E mais de 5 semanas assim não estão a dar cabo de mim. Já deram. (sim, sei muito bem o dia em que marcamos silêncio).
Preciso do meu mundo de paz, sossego e harmonia com o universo. Preciso de acordar de manhã e não ter um mau pensamento sempre pronto para se deixar invadir-me a mente.
:( Preciso de estar bem contigo para estar bem comigo. Chama-se necessidade cíclica.
O que se passou connosco? Estávamos bem. Havia uma confiança a crescer continua e ininterruptamente há 2 meses e de repente tudo se desfez. Havia uma vontade mútua de estar, de ter vivências. Não foram sinais. Foram palavras ditas. Que é feito das manhãs, tardes ou noites a falar descontroladamente? Das jornadas cachianas? Das maratonas de riso e parvalheira despreocupada?
Dei o braço a torcer. Não deixes que tenha sido tarde de mais.
A diferença
é que eu não quero verão para sempre. Quero verão enquanto ele durar. E aproveito tudo o que conseguir dele. Quando vier o inverno, também saberei aproveitar. Se houver um dia de sol, eu agarro-o bem. Se houver um dia de chuva, eu tiro dele todos os frutos que conseguir. Não entendas que só o que dura é bom. A vida é feita de pequenos momentos de felicidade, não de felicidade eterna.
terça-feira, maio 24, 2011
Mais do que
provavelmente vai ficar por dizer. Estou determinada a não fazer julgamentos sobre aquilo que não sei. Estou determinada a esperar para ouvir. Mas temo que não tenhas nada para me dizer. E isso dói muito mais do que tudo aquilo que possas ter para me dizer. Preferia que falasses. Independentemente do quão bom ou mau possa ser. Revejo-me nesta situação. E olho para trás e percebo que me é indiferente o que passou. E é isso que não quero. Não quero que sejas mais uma página de história. Fui orgulhosa ou talvez não. Penso que a dada altura também tive direito. Nunca me passou pela cabeça tantas vezes a mesma expressão: não sei. Não sei como estás. Não sei o que se passa. Não sei se vamos ultrapassar isto. Não sei o que vai ser daqui para a frente. Estou mesmo completamente farta de seres a única pessoa com quem não consigo falar. E, muito sinceramente, NÃO SEI o que fazer mais.
segunda-feira, maio 23, 2011
(Ir)realidade (des)construída
Fechei os olhos no elevador. O movimento vertical embalava-me. Não faço ideia se subia ou descia, mas de repente já não estava ali. O luz forte do sol fazia-me semi-cerrar os olhos. Mas sei bem onde estava. A boa música e as excelentes companhias deixavam-me no rosto um sorriso tão luminoso como a luz que me obrigava a baixar as pálpebras, ainda que me sorrisse por cima do meu ombro esquerdo. Sempre divertidos, viajávamos há pouco mais de duas horas num ambiente espectacular. O carro velho, não me lembro bem da cor mas julgo que fosse vermelho ou preto (estou mais inclinada para a segunda hipótese) aguentava uma pedalada sem demasiadas pressas, sem intuito de nos levar a lado nenhum. Talvez parássemos num sítio que considerássemos bom para passar a noite. Olhei pela janela. Não me lembro do cenário anterior, mas este, este era qualquer coisa fora do normal. O carro seguia por uma estrada que curvava suavemente e em constância para a direita e eu, sentada do lado esquerdo da parte de trás do carro, vi toda aquela imensidão e senti-me pequena e maravilhada. Extasiada por um azul vivo, ligeiramente ondulante e, sem exagerar, a perder de vista. Uma curiosa perspectiva, pois parecia-me poder ver mais do que seria permitido pelas leis da física para que a água não nos atingisse. E lá ao longe, bem longe, uma fileira de casas brancas, do tamanho das pontas dos meus dedos, mas tão definidas como se estivesse a dois passos delas. O sol que me espreitava continuamente por cima do ombro esquerdo, como se viajasse connosco, enriquecia os seus tons imaculados com uma paleta de tons brilhantes completamente surreal. O céu estava limpo e azul, completando um quadro que parecia quase simétrico. O meu sorriso nunca chegou a desaparecer. Aconteceu tudo demasiado depressa para que o meu corpo reagisse ao que os olhos viram e o cérebro processou. A estrada desceu. A curva continuava perfeita, mas seguia em direcção ao profundo azul da água. A suavidade com que chegámos à água nunca me deixou perceber se o carro saira da estrada ou a estrada nos conduzira à água. O facto é que quando as rodas tocaram na água, não havia mais estrada. A parte dianteira do carro entrou na água. "Vou morrer afogada", pensei com uma calma incompreensível. A água tranpôs-me a cabeça e acordei. A tremer, em choque, sem me conseguir mexer. Depois, veio o sentimento do sublime.
domingo, maio 22, 2011
Alinho
na recuperação de mais pessoas. Alinho em simplificar porque eu detesto complicações e só tenho tido disso. Alinho em dizer-te o que tenho para dizer. Consequências? Existem com certeza. O problema é mesmo pensar nas consequências daquilo que fazemos. E desta feita, apetece-me ser um pouco inconsequente. E sim, sofro um bocado do síndrome de Peter Pan. E depois? Não queremos todos por vezes ser um pouco inconsequentes? O que vier, virá. Não é nada demais, não. Mas é a volta de 180º que eu não quis dar durante um mês inteiro. Ou me esforcei por não querer.
(...) Eu sei que talvez não seja o momento e o meio de comunicação indicado, mas é agora ou não é. gostava de ter dinheiro para te ligar. gostava de te dizer isto pessoalmente, gostava que fosse um diálogo. mas nem no facebook apareces e estou com enorme vontade de te dizer o que tenho a dizer.Tive uma espécie de epifania graças a uma conversa com um amigo teu e outra com um amigo meu. a vida é curta para estarmos com complicações. estou farta de não falar contigo. não vou pedir desculpas pela atitude que tive, assim como não estou à espera que me peças desculpa pela forma como reagiste há um mês atras a algo que tentei fazer. sao coisas do passado. e "o que lá vai, lá vai." recomecemos do zero? não, isso não é possível, nem tenho vontade que assim seja. não há nada a apagar. sem arrependimentos. só quero que saibas q estou aqui. que continuei a tentar saber de ti quando, por orgulho ou apenas dignidade, não te falei directamente. tenho saudades tuas. sinto falta dos nossos momentos. sabes bem que fazer geocaching sem ti, pode ser divertido, mas não é a mesma coisa.uma vez disseste-me que tínhamos de estar mais vezes juntos. agora sou eu que digo. não estou para estar com cenas. talvez não tenha tomado uma boa decisão em fazer isto. honestamente pouco me importa. passo demasiado tempo a pensar nas consequências dos meus actos. e hoje não me apetece pensar. amigos? tréguas? eu ponho ume enorme LIKES nisto. diz-me algo quando e SE decidires aceitar este 'tratado de paz'. beijo grande
(...) Eu sei que talvez não seja o momento e o meio de comunicação indicado, mas é agora ou não é. gostava de ter dinheiro para te ligar. gostava de te dizer isto pessoalmente, gostava que fosse um diálogo. mas nem no facebook apareces e estou com enorme vontade de te dizer o que tenho a dizer.Tive uma espécie de epifania graças a uma conversa com um amigo teu e outra com um amigo meu. a vida é curta para estarmos com complicações. estou farta de não falar contigo. não vou pedir desculpas pela atitude que tive, assim como não estou à espera que me peças desculpa pela forma como reagiste há um mês atras a algo que tentei fazer. sao coisas do passado. e "o que lá vai, lá vai." recomecemos do zero? não, isso não é possível, nem tenho vontade que assim seja. não há nada a apagar. sem arrependimentos. só quero que saibas q estou aqui. que continuei a tentar saber de ti quando, por orgulho ou apenas dignidade, não te falei directamente. tenho saudades tuas. sinto falta dos nossos momentos. sabes bem que fazer geocaching sem ti, pode ser divertido, mas não é a mesma coisa.uma vez disseste-me que tínhamos de estar mais vezes juntos. agora sou eu que digo. não estou para estar com cenas. talvez não tenha tomado uma boa decisão em fazer isto. honestamente pouco me importa. passo demasiado tempo a pensar nas consequências dos meus actos. e hoje não me apetece pensar. amigos? tréguas? eu ponho ume enorme LIKES nisto. diz-me algo quando e SE decidires aceitar este 'tratado de paz'. beijo grande
sábado, maio 21, 2011
domingo, maio 15, 2011
Bem lá no fundo
Começo a pensar que o menino de ouro que ganhou fama com o épico 'Titanic' tem olho para os filmes que faz. Se há uns meses falei sobre 'Shutter Island', onde encena o papel principal de um antigo detective que enlouqueceu e está preso nas teias que a sua própria mente constrói, desta vez, o filme em questão é 'Inception'. Leonardo DiCaprio não é apenas o menino bonito do cinema. Os papéis que interpreta têm uma profundidade que desfaz essa imagem a cada segundo que passa. E desta feita, o próprio filme é em si de uma profundidade que me leva a inseri-lo no rol de referências que tenho para discussões sobre Filosofia e a Teoria das Formas de Platão. Os vários dias que demorei a ver este filme, devido ao aproveitamento de refeições para o ver deixaram-me numa expectativa que sem dúvida o enredo ultrapassou, às mãos largas. A história faz-me pensar, novamente, naquilo que a mente é capaz de construir para abrir e fechar barreiras àquilo que queremos ou não aceder e deixar ser acedido. Muito mais ficcionado que 'Shutter Island', sem dúvida, de outra categoria menos realista, mas não por isso menos interessante. E aquele agradável gostinho que o pião nos deixa no final, a relembrar o já adulto 'Matrix' e a idosa 'Alegoria da Caverna' sobre qual é a verdadeira realidade, sobre se vivemos no mundo real, a dormir para os sonhos ou vivemos no mundo dos sonhos a dormir para a realidade. Dá que pensar.
quarta-feira, maio 11, 2011
Coimbra no Cortejo
teve todos os ingredientes que eu podia pedir para um dia feliz. O encontro foi tarde e a más horas, sem a despedaçada garrafa, mas foi o ponto auge. Deixou lágrimas, muitas lágrimas, ainda agora me deixa de olhos apertados. Aquilo que foi, foi muito. Não há mais palavras para descrever como me sinto em relação a isso. Era o pouco que faltava para que, sim, fosse tudo impecável, e foi. Trouxe de Coimbra um padrinho há muito desejado, um rasgão na capa bem difícil e uma sensação de plenitude na alma. Trouxe de Coimbra as mãos cheias de momentos para recordar. Vim da cidade de estudantes com o meu maior sorriso preso no rosto. Aquilo que me foi dito... deixou marcas, marcas que jamais quero deixar que se apaguem. Orgulho-me, mas orgulho-me a sério de ter uma pessoa assim na minha vida! E sim, fui para Coimbra sozinha no dia do Cortejo, no deu dia dos teus anos, sozinha (ainda que tenha sempre acabado por ter companhias e ajudas desde Aveiro), à maluca, e digo-te, ia outra vez sem hesitar, porque a tua reacção, ainda que diminuida por já saberes, valeu todas as 6 horas e meia de viagem e 4 horas de procura por ti. Meu PADRINHO :D
sábado, maio 07, 2011
Queima das Fitas '11
Tenho muito para dizer. Mas vou dizer só isto: OBRIGADA a todas pessoas que durante esta semana me fizeram sentir a pessoa mais valorizada do mundo.
segunda-feira, maio 02, 2011
Dei conta
Mais que nunca, dei conta que o que faz a emoção das serenatas não são as músicas em si mesmas. Não são as pessoas à volta apenas por lá estarem. Não são as lembranças em si mesmas de tudo por que já passámos. São as palavras. As palavras segredadas que falam das músicas das serenatas, do que elas realmente significam, que trazem atitudes das pessoas que lá estão e que segredam, que carregam memórias, boas e menos boas. Só assim me correm lágrimas numa serenata.
Dei também conta que a continuar assim, pelo menos os dois próximos Dias da Mãe, vamos continuar nesta relação tremida que nem é nada.
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