quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Pesada descrença
de que tudo em ti
é algo que em mim
não se perdeu.
E nego ainda mais
que esse desejo seja o meu céu,
infinito alcance
de tão remota chance
de encontrar o que é meu.
Hipnótica saudade,
fixada à beira mar,
sob esse poderoso olhar,
que em mim encontrou
uma forma de ficar.
E poderia
tudo aquilo que sou
ser um pouco, ainda mais
que essas palavras irreais,
segredadas pelo vento
ao meu tosco pensamento.
Encontraria em fogo e água
uma forma desgarrada
de à vida me agarrar.
Fosse qual fosse
a circunstância de um olhar perdido
que julgasses já vencido.
Perdoe-se a lágrima
que desceu, incontrolável,
nesse encontro tão fugaz,
que inevitável
me pareceu.

terça-feira, fevereiro 16, 2010

A regra dos 3 segundos...










Isto foi noite para todas as emoções, mas que perdurem as melhores apenas. ;D




Tanta gargalhada... e era de esperar que com tanta simpatia da nossa parte, houvesse empatia da parte das outras pessoas, mas coise... fomos ignorados muitas vezes xD




Enfim, uns óculinnhos à nerd... e melhor, a regra dos 3 segundos é universal, confirmou-se a falar com um madeirense... xD mas para nós, a regra é outra. a dos 3 segundos sem rir, isso sim, era complicado xD




Muito bom chegar a casa acompanhada pelas melhores pessoas... ;D



domingo, fevereiro 14, 2010

Será que tudo o que tem um auge acaba por se perder? Será que o auge não se pode manter ou criar novos e melhores auges...

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

E a resposta foi:

"Eles dizem que pode escolher a unidade curricular no próximo ano, por isso agora tem de escolher outra optativa que seja compatível com o seu horário."

Questão: Por que raio nos deram a escolher as optativas no início do ano se agora temos de as mudar para serem compatíveis com o horário?

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Vamos ao circo?

Ok, tenho de reestabelecer definições. Não é que eu não goste de política. Não gosto é da forma como ela é praticada.
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Fica aqui uma nota para quem pensa que os corninhos de Manuel Pinho e o 'Vai-te foder!' do outro deputado de que não me lembro o nome foram um choque para a política.
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Não peço muito. Só que dêm uma pequenina atenção ao debate quinzenal da Assembleia da República. Para quem não sabe, passa em directo na RTP2 e está neste momento a dar (desculpem a publicidade). Portanto, para quem não for a tempo, o próximo é daqui a 15 dias, mais precisamente dia 24 de Fevereiro. Não tenham pressa, dá durante algumas horas. Mas 5 minutos são suficientes para perceber que isto é um autêntico circo.
Ora vamos lá fazer uma revisãozinha de Filosofia. Falácias ou argumentos falaciosos. São basicamente argumentos que não argumentam nada, simplesmente distraem do objectivo principal do discurso. Um muito comum é o ataque pessoal, que serve para, tal como o nome indica, atacar a pessoa que argumenta e não os seus argumentos. E estes deputados passam a vida nisso. É a líder social-democrata e da oposição 'Manela' Ferreira Leite a atacar o Sr. Primeiro Ministro José Sócrates. É o Sr. Primeiro Ministro a atacar a 'Manela'. E por aí fora, não são só eles. É uma alegria.
Mas não acaba por aqui. Esta gente vai para lá ler os discursos. Isto na escola dá direito a uma penalização na nota da apresentação. O que vale é que eles já estão formados (penso eu).
Mas se pensam que isto os incomoda, estão muito enganados! É que, no final de cada número, e lembram-se que há aqueles que fazem figura de palhaço (e não minha gente, não estou a insultar ninguém, não vou descer ao nível deles), humilhando o seu ou seus interlocutores e fazendo rir os caros compinchas partidários (que é este o trabalho do palhaço), e há também os ilusionistas ou mágicos, que fazem uns incríveis números de magia, que deixariam qualquer pessoa sem dois dedos de testa estupefacta. É que eles conseguem mesmo dar desculpas inteligentes para os erros, de tal forma, que aquilo quase deixa de parecer um erro!
Pois é, e como no circo, há palmas e gargalhadas, aqui também não as podiam faltar. E ao fim de cada número, não, peço desculpa, não é só no fim, pelo meio também, o público que não é atacado, ou seja, aqueles que defendem o mesmo ponto de vista, riem e batem palminhas. E batem paminhas como quem diz 'Sim, nós é que temos razão. 1-0 para nós!', como se cada intervenção fosse uma vitória. E é aqui que surge a questão da linguagem... Vamos lá ver, já toda a gente usou vocabulário menos próprio, mas também há que ter atenção ao local e ambiente onde nos encontrámos, mas o Parlamento é o Parlamento... Pois enquanto está um deputado a mandar as suas boquinhas que atingem fortemente os interlocutores, estão os colegas do lado a chegar-se ao microfone para dizer 'Muito Bem!' 'Toma!' 'Responde agora!' 'Exactamente!', etc, etc, etc.
Porquê esta minha revolta? Bem, acho que é óbvio que esta gente fala de Economia, Saúde, Emprego (ou Desemprego), e sei lá mais o quê como se tivessem no Circo, esse sim, um espaço digno de ´dar boa disposição ao público e intervenientes, pois é esse o seu objectivo.
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Sim, aqueles casos iniciais foram a gota da água, mas isso não faz do Parlamento o Paraíso com 2 pecadores.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Bater a porta

A vida é feita de escolhas. E todos os dias, a todos o momento, nos deparamos com o incansável abre e fecha de infinitas portas e janelas, portões, postigos, todo o tipo de grandes e pequenas aberturas para outras realidades. E cabe-nos decidir quais as aberturas que fechamos, quais as que espreitamos, quais as que entramos e seguimos. E todos os dias, me deparo com uma incrível vontade de fechar determinadas portas e janelas, de deixar para trás aquela realidade e seguir para outra. Mas depõe-se uma barreira entre ter vontade e conseguir e todos os dias ficam portas e janelas por fechar, que colocam dentro de mim uma inconsciente vontade de voltar àquela realidade sempre que ela me relembra que eu não fechei a sua porta.
Quero fechar realidades, quero mesmo.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Somos pelas coisas boas da vida

Temos as filosofias de vida viradas do avesso.

Somos por deitar tarde e tarde erguer. Para nós, os amigos são a melhor coisa da vida. Conhecer pessoas tornou-se a coisa mais fácil do mundo. O álcool é o melhor amigo da loucura, mas nem sempre aturamos os dois ao mesmo tempo. Não precisamos de mapas para desencantar os melhores locais de diversão da cidade. Somos pelas havaianas, pela toalha de praia ao ombro e uma corridazinha à chuva. Capazes do mais sincero dos abraços e da atitude mais estúpida. Queremos festa e pouco trabalho, a não ser que seja mesmo, mas mesmo aquilo que gostamos de fazer.


Na prática, nem tudo funciona assim, mas nós vivemos para o desnrascanço.

Somos assim e somos felizes. Somos jovens. Enquadras-te?

sábado, fevereiro 06, 2010

Estado Zen

Retorno ao equilíbrio...

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

E perguntam vocês...


... o que raio tem de especial ou extraordinário este tupperware para vir aqui parar:



Nada, absolutamente nada.


À excepção de não ter sequer uns míseros 4cms de diâmetro no topo e ser um porta-chaves!


Isto de coleccionar porta-chaves faz com que me venham parar às mãos umas coisas engraçadas... mas este partiu-me toda! Obrigada mãe! :D


quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Devaneios de escrita

Estava perdida nos meus pensamentos, caminhando lentamente sobre a pedra desgastada da doca. Sob o meu olhar, os barcos flutuavam ao sabor da corrente. A tarde esfriava-se, agitando as árvores, na margem, e fazendo-me sentir um arrepio leve por todo o meu corpo. A tua silhueta já se distinguia ao longe, mas não tomei atenção. As velas, sussurradas pelo vento, atraiam o meu olhar, quase me levando a desprender os pés do chão. De repente, fechei os olhos, quebrando aquela hipnose e, então, surgiste na minha frente. E este momento marcou-se na minha memória, como se esta tivesse demorado horas. Mas não. Foi um breve instante que veio e foi num ápice. Olhando agora para trás, consigo lembrar-me de muito mais. Eras pouco mais alto que eu, com um cabelo castanho-claro, de brilho dourado, desalinhado e de tamanho médio. Os teus ombros largos rodeavam-se da tua camisola de malha, verde-caqui, cujas mangas trazias arregaçadas, numa atitude de prontidão que contrastava pacificamente com as mãos nos bolsos das calças de ganga. Esse caminhar calmo assentava na perfeição na tua postura descontraída. As veias dos teus braços faziam-se notar sob a pele claramente bronzeada de um tom dourado. Mas tudo isto surgiu apenas quando percorri a memória desse momento.
Quando passaste por mim, o teu olhar hipnotizou-me, bloqueou a minha mente, faz-me perder a noção de tudo o resto. Os teus olhos... num momento, eram verdes, no outro, castanhos. Uma mistura que, ao reflexo do sol, que se encontrava por trás de mim, fazia salientar o verde de uma forma vibrante. Fiquei presa ao teu olhar, obrigando-me a seguir-te, com o meu olhar. A minha mão, que até então deambulava, numa apreciação à liberdade daquele final de tarde, ligeiramente inclinada e recuada do meu corpo, deslizou tão perto do teu braço que pude sentir os pelos levantarem-se sob as pontas dos meus dedos. Ao sentires esse arrepio, levantaste esses olhos fenomenais ao nível dos meus e fixaste também o olhar. Não parei. Não paraste. Seguimos os nossos caminhos, em direcções diferentes, voltando, finalmente, a cabeça na direcção do corpo.
Fechei os olhos e guardei para sempre aquela recordação na minha mente.
12.08.2009

quarta-feira, fevereiro 03, 2010




Sim, apesar do pouco tempo...

Apesar das investidas paternais de 'não vais conseguir'...

Consegui, sim, CONSEGUI.

Dei a volta à situação, como sempre dou. Não como estava projectado, mas finalizei o trabalho.

Não importa as vezes que me tentem deitar abaixo, a minha força de vontade é inabalável e isso sim, é a minha melhor característica.




Quadro feito a partir de anilhas de latas, 2835 ao todo. 2 desgraçadas semanas, com muita ajuda, é certo, mas muito trabalho e dedicação da minha parte.