Para finalizar um dos anos mais intensos (positiva e negativamente), umas férias como não há memória, e estas sim, apenas positivamente. Começaram tarde e a más horas, é verdade, mas há que dizer que foi por uma boa e bem servida causa, basta ver o conjunto numérico na pauta de exames. E, por fim, o tão bem merecido descanso. Não é necessário viajar. Bem, pelo menos para longe, para fora do país. Basta ter uma família que nos recebe bem, um grupo de amigos do melhor e alguns trocos no bolso. Considero-me já uma pessoa de sorte por ter todos os ingredientes desta lista. Torna-se necessário rever pessoas há muito deixadas por obrigações maiores e mais temíveis. Diferentes por fora e talvez um pouco por dentro, também, mas, felizmente, para melhor. Isto levou também a um pouco mais de liberdade, uma ligeira subida da parada. Vai um panaché? Sim, o panaché, não panachet, que isso não é português. As garrafas de minis vazias servem para quê? Para pôr umas em cima das outras e rezar para não entornar a única que ficou de lado. Deixo já aqui o aviso: quando beberem... cerveja, é favor verificar o estado da cadeira onde se sentam. Pode acontecer um pequeno precalço... A guitarra anda pouco ensaiada, mas terá tempo quando para estas coisas o não houver. É bom sinal quando as pessoas notam a felicidade estampada no rosto com um toque de sinceridade inevitável ao ponto de serem elas próprias a responder à própria pergunta de como estou. Uma colherada de voluntariado para dar algum altruísmo ao verão e manter os horários de levantar cedo e aproveita-se para conhecer alguns quinze (ou mais) outros voluntários, que é sempre bom conhecer pessoas. As crianças são, sem dúvida, a pureza do que nos falta e fazem-nos rir quando já não temos forças para isso, de tão cansados que estamos fisicamente, porque o espírito parace trabalhar ao ritmo daqueles berrinhos e traquinices que nos fazem dizer que são difíceis de aturar. O Golias, coitado, teve alguns problemazinhos, o nome com que o baptizaram parece ter agoirado. Complementa-se com um prémio no Gerês, um dia de descanso frente a uma vista 'fantabulástica', com uma dose considerável de comida, alegria, banhos no rio e aventura. Já lá vão 3 churrascadas, esta e 2 escutistas que também foram engraçadas. Praia, sem dúvida, muita praia. Uma cor dourada faz sempre bem à pele, nada de exageros. A melhor hora? A partir das 17h, está claro, porque apesar de sairmos de casa antes das 15h, há sempre uns transportes e outros inconvenientes que nos fazem perder as horas do bom mergulho. Fica anotado: próximo ano, o horário de saída de casa é às 13h (de referir que eu tenho pouca tendência para seguir as minhas próprias anotações). E nada de lanches no bar, é favor andar munida com um pacote de bolachas para as urgências alimentares. As dietas são para o inverno, quando são. Só se vai ao bar para ver a boa paisagem que se encontra encostada ao balcão durante os tempos mortos de trabalho. E, claro, prestar atenção aos conselhos da melhor amiga, para não ficar com a toalha molhada. Quando a praia não estiver boa, a toalha também serve para a relva e os Jardins do Palácio são um bom destino alternativo. Cinema? Há uma altura em que acaba por se dar o braço a torcer, mas isso é para gente rica e não serve de convívio. Um belo passeio por toda a cidade do Porto com alguns amigos, para pôr a conversa em dia, é bem melhor. E, de preferência, a pé. E quando dizemos aos pais que vamos comprar umas calças 'saco-de-pão', é bom que eles acreditem para não se espantarem quando chegamos a casa com elas. Admito que a piscina foi fixe, para reencontrar as loucuras do ano lectivo, mas foram 4€ desperdiçados que davam em semelhante numa praia e, essa sim, de graça. Umas noitadas com os primos, na aldeia e vila próxima, lá para o centro do país, de nome S.to António e Louriçal, respectivamente bem religiosas e condimentadas, que duram até se poder ver a cor do céu a mudar, preenchidas, como não podia deixar de ser (porque afinal somos jovens), com música, gente bonita e simpática e álcool, para regar o conjunto à boa maneira portuguesa. A refeição oficial do verão foi definida como bolachas maria molhadas em leite achocolatado. De madrugada, que é a melhor altura delas. Conheci mais pessoas do que aquelas que consegui memorizar e, por isso, peço desculpa. Torna-se obrigatório provar bebidas diferentes, incluindo shots que se bebem abocanhando o copo. E ainda hei-de testar o sharingan do B-52. Sim, porque não podia faltar Anime, vá se lá saber porquê, o vício contagia a juventude daquela terra. Vi os olhos mais hipnotizantes de sempre e assisti à maior demonstração de respeito entre dois amigos (estando os dois um pouquinho... alterados, vá...). E o pão... hmm... o pão torna-se verdadeiramente mais saboroso quando comprado ao padeiro às 6h da manhã, ainda quentinho e estaladiço, após uma noite bem longa, sob uma luz que já anuncia o dia. A diversão foi tanta que chegou mesmo a destravar a língua e a soltar o corpo ao ritmo das músicas e da luz psicadélica. Bem, talvez o alcool tenha ajudado um bocadinho. Faça-se notar que esta pequena terrinha com gente espectacular tem a melhor sangria que provei até hoje e vos garanto que ainda não provei, no Porto, alguma que lhe chegasse sequer aos calcanhares. Comoveu-me a sinceridade de primos a que o alcool leva e agradeço o apreço de pessoas que se deixam levar pelo sentimento que sempre quis colocar nas imagens que traço no papel e que, pelos vistos, pareço ter alcançado (pelo menos para alguns). Estes 10 dias ficam, portanto, marcados por 2 frases que eu ouvi com uma frequência anormal, em diferentes situações, da boca de diferentes pessoas: 'O que se passa no 15 de Agosto fica no 15 de Agosto' e 'Louriçal não é um local, é um espírito'. Confirmam-se ambas, posso dizê-lo por experiência própria. Contudo, mais haveria de ter ficado no 15 de Agosto. Que posso fazer? Para o ano há mais e a coisa dar-se-á (ou não) de outra maneira. De regresso ao Porto, um incentivo ao há muito desejado 3º furo. Uma ajudinha que ainda não obteve proibições directas da parte paternal, apenas alguma objecção, mas nada que não se ultrapasse. Há que não esquecer que este verão já teve mais encontros inesperados do que alguma vez poderia esperar, podendo dizer que num só dia já encontrei 3 pessoas com quem não falava há muito. Confesso que pouco fiz do que planeei, mas foi por boas causas e talvez os planos nem sempre sejam feitos para serem cumpridos.
A cereja no topo do bolo? Por agora, fica por desvendar, mas, de uma maneira ou de outra, ela há-de lá cair.
ADORO-TE!!!!!!
ResponderEliminar<3
Sa atencao aquele coracao pode revelar a vossa relacao xD ate rimo e tudo ah pois :p
ResponderEliminarpodias identificar-t, 'anónimo'. eu sei quem és, mas fica mais bonito, ta bem Dá?
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