quarta-feira, janeiro 30, 2013
Uma questão de tempo
Começo já a sentir a ânsia de que te vais... A realidade de que partes. O querer estar contigo intensifica-se, injustificada e 'tolamente', e nota-se. Tu notas. Quero que fique apenas o companheirismo de que fomos crescendo. A amizade de que nos vamos construindo. Mas o resto... o resto teima em não desaparecer, de forma mais irritante e ilógica do que a ciência permita talvez. Mas eu e a ciência nunca fomos muito apegadas, na verdade. Fazes-me falta cada vez que partes. E eu não sei lidar com isso. E continuo no mesmo ciclo que se arrasta e que não me deixa saborear esta existência tão singela que somos.
terça-feira, janeiro 22, 2013
quinta-feira, janeiro 17, 2013
segunda-feira, janeiro 07, 2013
Dizer não
Aos poucos, aprendes. Depois, é uma questão de considerar prós e contras do que é bom para ti.
domingo, janeiro 06, 2013
sábado, janeiro 05, 2013
Indeed, dear writer
" '(...) Of course I flatter him dreadfully. I find a strange pleasure in saying things to him that I know I shall be sorry for having said. As a rule, he is charming to me (...) and talk of a thousand things. Now and then, however, he is horribly thoughtless, and seems to take a real delight in giving me pain. (...) I have given away my whole soul to someone who treats it as if it were a flower to put in his coat, a bit of decoration to charm his vanity, an ornament for a summer's day.'
'(...) Perhaps you will tire sooner than he will. (...) I think you will tire first, all the same. Some day you will look at your friend, and he will seem to you to be a little out of drawing, or you won't like his tone of colour, or something. You will bitterly reproach him in your own heart, and seriously think that he has behaved very badly to you. The next time he calls, you will be perfectly cold and indifferent. It will be a great pity, for it will alter you. (...) "
'(...) Perhaps you will tire sooner than he will. (...) I think you will tire first, all the same. Some day you will look at your friend, and he will seem to you to be a little out of drawing, or you won't like his tone of colour, or something. You will bitterly reproach him in your own heart, and seriously think that he has behaved very badly to you. The next time he calls, you will be perfectly cold and indifferent. It will be a great pity, for it will alter you. (...) "
in The Picture of Dorian Gray, Oscar Wilde
sexta-feira, janeiro 04, 2013
Abraço à fortuna
É tão pesado o pensamento
de que somos nós um breve momento,
que somos mar, que somos rosas,
que somos tentativas de versos em prosa.
Perdição maldita do que me fazes crer
entregue a mim, meu devasso amanhecer.
Somos sinais de que tudo se desfaz,
que a voz, finita num verbo, te apraz.
Predador encantado de um mundo que não és,
erras meu caminho, para que esteja a teus pés.
Sou eu.
Sou tu.
Somos nós. Não somos ninguém.
Somos passados de alegrias não vividas,
instigados pelo gosto de vitórias não vencidas.
Somos verdades de um prazer que não existe,
recantos de saudosa maldade a que o ímpeto resiste.
Minha sombra infinita
que arranco do peito,
não cortes a minha realidade.
Deixa-me ser a cura desse teu defeito
que roubo, tenebroso, das garras da vontade.
Perdoa em mim tudo o que haja a não ser
na bruta ostentação do meu permanecer.
Sorri para mim, ó minha doce morte,
que quando me chegares, negra e elegante,
não serei perdida no meu próprio norte.
Encontro em ti um lugar errante
de ser quem sou e de te encontrar, ó sorte.
de que somos nós um breve momento,
que somos mar, que somos rosas,
que somos tentativas de versos em prosa.
Perdição maldita do que me fazes crer
entregue a mim, meu devasso amanhecer.
Somos sinais de que tudo se desfaz,
que a voz, finita num verbo, te apraz.
Predador encantado de um mundo que não és,
erras meu caminho, para que esteja a teus pés.
Sou eu.
Sou tu.
Somos nós. Não somos ninguém.
Somos passados de alegrias não vividas,
instigados pelo gosto de vitórias não vencidas.
Somos verdades de um prazer que não existe,
recantos de saudosa maldade a que o ímpeto resiste.
Minha sombra infinita
que arranco do peito,
não cortes a minha realidade.
Deixa-me ser a cura desse teu defeito
que roubo, tenebroso, das garras da vontade.
Perdoa em mim tudo o que haja a não ser
na bruta ostentação do meu permanecer.
Sorri para mim, ó minha doce morte,
que quando me chegares, negra e elegante,
não serei perdida no meu próprio norte.
Encontro em ti um lugar errante
de ser quem sou e de te encontrar, ó sorte.
quarta-feira, janeiro 02, 2013
2013 indeed
Living on the edge of each day, when you have no resolutions because there are no expectations anymore.
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