Há demasiado tempo que se apoderou de mim um inexplicável sentimento de vazio. Não que seja verdadeiramente muito tempo, mas demasiado. Apesar do ano que ficou para trás. Apesar das barreiras que transpus, dos objectivos que concretizei, das parvoíces que tenho para relatar do que afirmei ter sido o pior ano de sempre e contudo, tenha sido talvez também o melhor. Foi extremamente marcante, memórias de alguns dos momentos que certamente quererei recordar, nem que seja para me rir ou para dizer que, no fim de contas, tive coragem. Mas isso é o amanhã. O ontem teve bons e maus momentos. Já me atrevo a olhar para trás e sorrir na alma e ver tudo isto de forma que me transpõe alguma felicidade. E o hoje... o hoje não tem nada. Não me leva a querer fazer nada, aquilo com que preencho o meu dia torna-se aborrecido, sem qualquer propósito, o que faço torna-se irrelevante, dou cada vez menos valor a coisas que adorava fazer. E o que é realmente um problema é que eu não tenho grande espaço de manobra para poder alterar esta situação, visto não depender apenas de mim poder alterar isso.
No entanto, não consigo perceber. Considero-me uma pessoa de sorte, alguém com tudo para ser feliz. Não que essa felicidade seja eterna e constante, mas no mínimo é visível e está lá. Ou costumava estar. Porque não me parece que este vazio faça parte do vocabulário de alguém verdadeiramente feliz.
Já nem escrever me anima... E a escrita sim, costumava ser o meu ópio diário, a minha injecção de ânimo e alegria. Agora, nem um vício errante é...
No entanto, não consigo perceber. Considero-me uma pessoa de sorte, alguém com tudo para ser feliz. Não que essa felicidade seja eterna e constante, mas no mínimo é visível e está lá. Ou costumava estar. Porque não me parece que este vazio faça parte do vocabulário de alguém verdadeiramente feliz.
Já nem escrever me anima... E a escrita sim, costumava ser o meu ópio diário, a minha injecção de ânimo e alegria. Agora, nem um vício errante é...
Imagina se estivesses a escrever motivada!
ResponderEliminarApesar de tudo, os maus momentos dão-nos a adrenalina de que precisamos para nos sentirmos vivos, e a falta deles traz essas "saudades encobertas"... Congratula-te(ainda mais) pelas tuas vitórias e pequenos aprendizados, e a falta de ânimo... esquece que ela está lá, porque, como dizes, isso é mesmo temporário(: Tens muito mais pela frente com o que aprendeste agora do que com o que deixaste para trás.
Parabéns pelo blog. Não sabia que escrevias tão bem, tenho adorado seguir os teus testemunhos e partilhar as tuas perspectivas. Beijinhos e boas férias
Obrigada ;) é bom saber que há pessoas que apreciam aquilo que fazemos.
ResponderEliminarPela forma como falas, parece que me conheces... mas eu não estou a ver quem és... ou talvez seja apenas impressão minha...
Eu respondia, mas ja o fizeram por mim :D
ResponderEliminarMereces ser feliz e ponto. Passaste por muito, e vais passar ainda mais, porquê acalmar agora?
Enche-te masé, de vida :D
É estranho, mas pelas tuas palavras acabei eu próprio de encontrar o meu estado de espírito que, não é muito diferente do que descreveste. Fazes bem em escrever e tentar libertar novas ideias, melhor ainda será discuti-las para chegar a novas conclusões e saber novas opiniões, talvez seja um pouco isso que te esteja a faltar. Compreendo esse sentimento e até lhe dei um nome pois muitas vezes sou "assaltado" por esse mesmo, denominei-o de "o vazio do filósofo", a forma mais eficaz para o combater é fazer como o Sócrates (o Filósofo, não o nosso Primeiro Ministro) na Antiga Grécia, "pegar no aguilhão e espicaçar" as pessoas indolentes com questões pertinentes e pontos de vista diferentes de forma a adquirir novos conhecimentos e novas aprendizagens e, sem saberes tornarte-ás mais sábia do que já és, tal como o Sócrates sem saber se tornou o Homem mais sábio de Atenas e de toda a Antiga Grécia. Isso dará um novo objectivo e sentido á tua vida e verás que o vazio não é assim tão vazio. ;)
ResponderEliminarPortanto vamos lá animar. =)
Talvez não seja a razão que procuro neste momento, mas sim o sentimento.
ResponderEliminarTambém não me considero sábia. Sou um pequenino ser neste mundo enorme e não trago comigo mais do que aquilo que o mundo me deu, uma perspectiva sempre muito pessoal daquilo que vem, passa, fica e vai.
Contudo, estou sempre disponível para a discussão dos temas ;) e sim, quem sabe, podemos chegar a novas conclusões.
Todos somos de alguma maneira sábios. Mas de qualquer forma não deves encarar esse vazio como uma coisa negativa, ou por ora, com um sentido negativo. As coisas más da vida são aquelas que tornam as boas muito melhores. A merda pode demorar a passar, mas passa xD E depois as coisas melhoram. Só tens de te manter por cima até lá ^^
ResponderEliminarDesculpa a demora em responder, não sou muito "colada" ao pc. Passo pelo blogger, msn, etc, no máximo uma vez por semana...
ResponderEliminarÉ normal que não me conheças. Fui tua colega de carteira no início do ano, e às vezes isso não basta para sabermos quem somos_ se alguma vez sabemos. Beijinhos e prazer em conhecer-te ;)
sabes, ana, tens razão... razão confirmada que já ando melhor... ;) obrigada pela força
ResponderEliminarjá sei quem és, mas com razão dizes que não te conheço ;) ou talvez te conheça mas não saiba quem és, depende do ponto de vista, não é?
ResponderEliminarpor meu lado digo que simplesmente nos cruzamos alguns dias, não o suficiente para nos conhecermos nem sabermos quem somos, mas também posso dizer que gostei de me cruzar contigo ;)