Sábado, dia 2 de Maio, provaste merecer. Guimarães seria pobre de espírito naquele dia, sem nós. Há algum tempo que me sentia necessitada de um daqueles abraços fortíssimos em que eu fico com a cabeça debaixo do teu queixo, devido à diferença de alturas. Não foi preciso pedir. Nunca é. Mal cheguei à tua beira, abraçaste-me. As brincadeiras, a risota, tudo se ia desenrolando ao longo do dia. Soubeste ver quando estava aborrecida, não foi preciso dizer nada. E trataste de me animar rapidamente. A subida ao castelo e à torre. Sentia-me infinitamente pequenina, mas ao teu lado, um pouco maior. Depois, a corrida. Apesar de todos a terem feito, tu e eu já a planeávamos há algum tempo. E chegámos ao fim, cada um a seu tempo, respirando fundo no final. Mais uma prova feita. Depois de almoço, a subida à Penha. Tudo isto acompanhado de muita brincadeira. E, mal saímos do teleférico, começou o desenrolar de peripécias para a aquisição de mais uma placa. Todas as placas eram observadas, analisadas e, infelizmente, em todas constatámos a impossibilidade de trazer alguma. Mesmo com a utilização de fivelas, chaves, compassos e outros instrumentos. Só não tínhamos aquilo que realmente precisávamos: uma chave de porcas e um alicate. Frustação que no final se tornou uma alegre justificação para, futuramente, voltarmos àquele sítio. Ao final do dia, o momento de conversa mais séria. Tu ouves, compreendes e aconselhas. Eu tento fazer o mesmo.
No fundo, partilhamos tudo. As alegrias, as tristezas, aquela panca por placas, o dever de fazer as provas e até a comida (lanche). És aquele rapaz que considero irmão, mesmo que não o sejamos de sangue. Mereces indubitavelmente ser meu melhor amigo. Provas a todo e a cada momento que o mereces.
Obrigada por tudo Nelinho ;D
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