terça-feira, maio 26, 2009

Manifesto da Juventude

CHEGA!



Não mais sermos sombras da nossa própria existência!

Não mais sermos marionetas ao comando dos que se pensam superiores!

Não mais sermos objectos nas mãos dos que encabeçam a nossa civilização!

Não mais sermos paus mandados dos sedentos de mandar!

Não mais acatarmos as decisões dos 'dotados de inteligência'!

Não mais deixarmo-nos levar em correntes de pensamento que não compreendemos, apenas porque todos as seguem!`


Não imponho a minha vontade à tua. Apenas abri os meus olhos e preocupo-me em que faças o mesmo. À tua maneira.

Mas à minha, deixo aqui escrita a revolta da minha juventude, desta vida que levamos a queixarmo-nos, a lamentarmo-nos, a deitarmo-nos abaixo, a sentirmo-nos inferiores porque está destinado à nossa sociedade sermos assim. Mas, afinal, quem é que determina o teu destino? Sê dono de ti mesmo, para poderes chegar ao fim da vida e dizeres que fizeste o teu próprio destino.




REVOLTA-TE!





Não vás em conversas de sermos todos iguais. Sê diferente, mostra a tua personalidade, a tua individualidade, sê tu mesmo. Não importa a quantidade de vezes que te digam que está mal, que não é assim. Aprender por experiência própria é uma lição que nada substitui. Seja em teu benefício ou em benefício dos que te tentam deitar abaixo. Aprenderás em qualquer das situações.



Usa e abusa daquilo a que tens direito, daquilo que podes usufruir. Hão-de vir tempos em que as tuas acções terão consequências de grande calibre. Aproveita agora. Aproveita o hoje. Aproveita a juventude.



Revolta-te contra as regras, o sistema, tudo! O facto de só tu e meia dúzia de gatos pingados verem as coisas de outra forma, não faz dessa uma forma errada de ver as coisas. Será apenas diferente.



Bate com o punho em cima da mesa e grita 'Basta!' quando assim achares que deves. Não vale a pena seguir o rebanho se não compreenderes porque fazes 'meeé' com todos os que te rodeiam.



Nunca te arrependas e ter levantado a cabeça e ter olhado noutra direcção. Nunca te arrependas do que fizeste, mesmo quando passaste as maiores vergonhas da tua vida. Nem te arrependas das acções que se tornaram erradas. Porque com essas aprendeste a não errar outra vez. Arrepende-te apenas e unicamente daquilo que não fizeste.

"Carpe diem quam minimum credula postero": Aproveita o momento, confiando o mínimo no amanhã. Faz aquilo que queres, quando queres, não adies. Quanto mais adiares, mais te surgirá a fazer antes disso.



Relembra cada palavra, cada gesto, cada parvoíce, cada olhar, cada alegria, cada tristeza, cada tudo aquilo que passaste na companhia dos teus amigos. Se precisares de esquecer, não o faças. Ultrapassa a dor de relembrar tudo isto, mas não esqueças. Relembra apenas como memórias, experiências que de ti fazem parte.



Não odeies. Não tens de gostar de toda a gente, apenas ignorar sem desrespeitar quem não considerares que valha a amizade.



Ri-te em alto e bom som quando o momento o pedir. Não importa o que os outros pensam. Só tu sabes o que sentiste naquele momento, só tu sabes por que te ris, ainda que passes por maluco, doido varrido ou simplesmente jovem como algumas pessoas tendem a definir-nos.



Chora cada vez que a melancolia te apertar o coração, a dor se espetar como agulhas na tua alma ou simplesmente já não aguentares a pressão de ser um infímo ser num lugar tão grande e tão cheio de gente. Ninguém pode julgar, nem deve, porque talvez desejassem fazer o mesmo.


Veste aquilo que te der na telha, quando te der na telha. A blusa de toalha de piquenique da avozinha combina com as sapatilhas? Então usa-a! O que te importa o que o vizinho do lado ou o motorista do autocarro pensam? Ao menos olharam, é porque salta à vista! Pior é passar indiferente, ser sombra nesta escuridão de mundo.



Não te envergonhes das atitudes mais estranhas que já tiveste. Aconteceu? Pois, muito bem! Está feito, virá pior e voltarás a desejar um buraco para te esconderes.



Assume o que és, o que fazes, o que pensas. Se pertences ao Clube de Leitura é porque gostas de ler. E daí? Não és o/a menino/a da mamã por gostar de ler. Há quem goste de coisas mais 'fixes' só porque é tendência. Este ano é surf, para o ano é para-pente, no ano a seguir bla bla bla... Se és escuteiro/a (aqui, falo por experiência mesmo muito própria) é porque gostas. Dá pica fazer aquelas actividades maradas que acabam sempre às 3 pancadas, mas resultam sempre na perfeição, não dá? E se for preciso, fala bem alto no meio da rua. Há sempre um engraçadinho que gosta de gozar, mas acaba ignorado face aos teus relatos de histórias de partidas às 3h da manhã na tenda ao lado.
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Acredita que és capaz. Do quê? Não importa. De tudo, de alguma coisa. Simplesmente tem fé em ti, porque se não acreditares, ninguém o fará por ti. E esse é o primeiro passo para não conseguires o que queres. O impossível ergue-se sob a base de acreditar.
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Não sejas orgulhoso/a. Dá o braço a torcer. Se fores capaz de ver que erraste, deves e serás capaz de o reconhecer perante quem deves. Não há mal nenhum em constatar que não estamos certos.
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Dá. Porque sabe bem, não para receberes em troca.
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Aprende a contornar a espanpanância dos chico-espertos. Deixa-os pensarem-se os melhores do mundo e, se for preciso, faz-te de burro em frente a eles. Dá o maior de gozo fazer de estúpido à beira de um verdadeiro otário.

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Habitua-te a olhar aquele amigo/a e a perceber quando há algo de mal com ele. Dá-lhe um abraço sem que necessite de to pedir.



Vai em frente, não olhes para trás, mesmo quando já fizeste merda e o sabes. Não vai adiantar, agora resta-te corrigir o que virá.
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Dá largas à imaginação. Sê criativo. Se não reconhecerem uma obra de arte hoje, pelo menos amanhã falarão da tua maluquice.
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Elogia. Quem merece, pelo que merece, quando merece. Deves isso a quem te proporcionou esse belo pensamento sobre a sua pessoa.
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Experimenta. Há sempre uma primeira vez para tudo. Se não for hoje, será depois, um dia há-de ser. Ou quererás arrepender-te para o resto da vida de nunca ter experimentado aquela sensação maluca de ser completamente inocente numa situação nova?
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Sente. Apaixona-te. Preza os amigos. Defende a tua alegria de viver. Qual é o objectivo de sentires algo e tentares ignorar? Aproveita a sensação. Goza o sentimento. Desfruta do momento.

quinta-feira, maio 14, 2009

Dias como o de hoje

Dias como o de hoje doem, mas tu estás lá para me amparar a queda,
Dias como o de hoje apagam-se até ao momento em que tu chegas,
Dias como o de hoje são escuridão, onde tu te tornas a minha luz de presença,
Dias como o de hoje são sufocantes, até tu me ajudares a respirar,
Dias como o de hoje são dias em que chego à tua beira a chorar de tristeza e te deixo, chorando de alegria.
Dias como o de hoje são verdadeiras lutas.
E hoje, num dia como estes, chegámos ao fim.
Obrigada por tudo Sarinha.

terça-feira, maio 12, 2009

Adrenalina Precisa-se

Ando a precisar de adrenalina. De fazer algo louco que me liberte de pensar em coisas que sei que não devia. Uma bebedeira espiritual que me faça esquecer tudo. Algo que me faça dar um berro de puro descontrolo.
Ao contrário do habitual, o meu problema ultrapassa-se por esquecer, por não pensar nisso, por não o enfrentar. E talvez este desejo de adrenalina seja derivado disso e seja uma forma de ocupar a cabeça com algo mais alegre.
Está bem, talvez não seja a fujir do problema que eu o resolva, mas certamente não é a pensar nele constantemente que o vou resolver. Talvez só não queira fazer aquilo que sei que é preciso para me libertar disto... talvez não tenha forças para o fazer, por saber o que envolve...

E preciso de adrenalina para contornar isto.

domingo, maio 10, 2009

O re-equilibrar da balança

Já estivemos pior. Agora pelo menos falamos, rimos, somos novamente amigos. Não quer dizer que tivéssemos deixado de o ser, apenas estávamos tão distantes que parecíamos apenas conhecidos, que se cumprimentavam por simples rotina.
Sei perfeitamente que não voltaremos a Fevereiro, Março. Passado é passado, não volta e posso apenas recordar aqueles bons momentos como parte das minhas experiências. Mas, com o tempo, espero que se restaure aquela alegria, aquela luz na nossa amizade. Claro, agora sem a parte de eu gostar de ti, agora apenas uma amizade que veio e foi como uma tempestade e que eu espero sinceramente que volte.
Experimento cada vez mais frequentemente o sentimento de saudade desse tempo. E quero cada vez mais ultrapassar isto, mas...

quinta-feira, maio 07, 2009


Habitualmente, sou pela incansável alegria de nos apresentarmos bem dispostos frente a um dia que pareça pior. Optimista? Talvez. Ou talvez apenas não baixe a cabeça à primeira dificuldade. E, curiosamente, o dia acaba bem, quase sempre.

Mas hoje não foi assim. Hoje, deixei-me ir abaixo verdadeiramente depressa, sem forças para lutar, sem vontade para o fazer, sem qualquer objectivo para chegar ao fim do dia melhor do que comecei. Senti-me perder, senti-me desejar um momento de simples paragem, dei comigo a ter um desejo de auto-infligir alguma dor, para me sentir viva. Porque hoje, fui apenas uma sombra deambulante.

Habitualmente, sou pelas coisas boas da vida, as coisas simples, aquelas que nos dão prazer na sua própria acção, por muito mínima que seja. Sou pelo prazer de sorrir, de viver e de me sentir viva, de ser algo neste mundo, por muito pouco que seja.

Mas hoje, nem sequer fui capaz de sorrir à adversidade de não me sentir viva, de ser apenas uma sombra.

Amanhã farei melhor, espero.

terça-feira, maio 05, 2009

Novamente. Quebrou-se o gelo, talvez. Agora, somos, novamente, amigos, posso dizê-lo. Não confirmar, porque não sei o amanhã, não sei o futuro, apenas o que já passou. E, sobre hoje, sobre a semana passada, posso dizer que a distância foi encurtada, posso dizer que recuperámos um pouco do que éramos.
E digo, também, que este afastamento não tenha sido tão mau como o considerei. Talvez o sentimento tenha diminuído um pouco e agora posso ver com um pouco mais de clareza a amizade, a pessoa impecável que sei que és, não negando a atracção que deténs de mim.
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Mas sobretudo e também a admiração por essa tua estranheza.

segunda-feira, maio 04, 2009

Prova, mais que prova

Sábado, dia 2 de Maio, provaste merecer. Guimarães seria pobre de espírito naquele dia, sem nós. Há algum tempo que me sentia necessitada de um daqueles abraços fortíssimos em que eu fico com a cabeça debaixo do teu queixo, devido à diferença de alturas. Não foi preciso pedir. Nunca é. Mal cheguei à tua beira, abraçaste-me. As brincadeiras, a risota, tudo se ia desenrolando ao longo do dia. Soubeste ver quando estava aborrecida, não foi preciso dizer nada. E trataste de me animar rapidamente. A subida ao castelo e à torre. Sentia-me infinitamente pequenina, mas ao teu lado, um pouco maior. Depois, a corrida. Apesar de todos a terem feito, tu e eu já a planeávamos há algum tempo. E chegámos ao fim, cada um a seu tempo, respirando fundo no final. Mais uma prova feita. Depois de almoço, a subida à Penha. Tudo isto acompanhado de muita brincadeira. E, mal saímos do teleférico, começou o desenrolar de peripécias para a aquisição de mais uma placa. Todas as placas eram observadas, analisadas e, infelizmente, em todas constatámos a impossibilidade de trazer alguma. Mesmo com a utilização de fivelas, chaves, compassos e outros instrumentos. Só não tínhamos aquilo que realmente precisávamos: uma chave de porcas e um alicate. Frustação que no final se tornou uma alegre justificação para, futuramente, voltarmos àquele sítio. Ao final do dia, o momento de conversa mais séria. Tu ouves, compreendes e aconselhas. Eu tento fazer o mesmo.



No fundo, partilhamos tudo. As alegrias, as tristezas, aquela panca por placas, o dever de fazer as provas e até a comida (lanche). És aquele rapaz que considero irmão, mesmo que não o sejamos de sangue. Mereces indubitavelmente ser meu melhor amigo. Provas a todo e a cada momento que o mereces.


Obrigada por tudo Nelinho ;D

sábado, maio 02, 2009

Sê feliz com aquilo que tens, lutando por aquilo que queres, sem desesperares por aquilo que desejas...